segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

SERPENTE : A MAMBA NEGRA

A manga negra ( dendroaspis polylepis ) é um ofídio peçonhento da África , serpente cujo efeito do veneno é, geralmente, fatal, ocasionando a morte. O nome desta cobra é oriundo da cor negra que pode ser vista dentro da boca : cor da morte, porquanto este réptil é bastante agressivo e de reação rápida. A agressão deste ofídio está relacionado à defesa territorial e à caça.
A mamba negra, em realidade, não tem coloração negra, mas é gris, de um verde matizado.
Já a mamba verde ocidental é uma cobra mais tímida, porquanto sua coloração verde funciona como camuflagem perfeita no seu nicho ecológico : as árvores. A facilidade para se camuflar com seu meio ambiente é um dos elementos que está na origem de uma agressividade menor por parte da mamba verde (dentroaspis viridis ).
A mamba negra chega a ter um comprimento de 2,5 a 4,5 m, mas o mito da serpente é maior e mais pavoroso que a realidade.
O medo, construído nos signos que se levantam e mordem antes da serpente africana, origina um rito de corrida fatal. Ao ser picado por uma dessas cobras de boca negra no interior a vítima humana ou a presa animal corre desabaladamente. Porém sua corrida é para os braços da morte que o espera serena.
Ao correr, o veneno da mamba negra inoculado na parte atingida do corpo, chega mais rapidamente ao coração e aos pulmões, devido a aceleração da corrente sanguínea e da necessidade de oxigenação, que demanda mais glóbulos brancos e fluxo sanguíneo maior e mais célere, o que leva ao colapso do sistema respiratório e à morte súbita (o "atleta" envenenado faz 100 metros rasos e cai subitamente morto).
A mamba negra é antes de tudo um signo e símbolo que passeia e mata nos livros e filmes, pertence ao mundo virtal da maioria das pessoas da Terra, somente levanta a cabeça para nos encarar de frente nestes e em outros signos escritos sobre esta mamba, que aqui ergue sua cabeça sob os signos do seu nome , signos escondidos sob a folhagem de seu nome : mamba negra.
Neste texto que escrevo a mamba se levanta do meio dos signos escritos e fonéticos ; sai para a luz dos signos da floresta de bétulas na minha mente, arrasta-se como símbolo que ergue a cabeça dentre os signos que escrevi : a mamba negra aqui é uma serpente fora da África e dentro de uma floresta negra virgem em meu cérebro.

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