Ser um conceito ontológico a árduo ; problema filosófico ou metafísica que parece insolúvel. Porém, na realidade prática é simples.
Cada ser humano, se quiser existir como individualidade e colocar-se no mundo, tem que, antes de tudo, de qualquer conceito, ser o que é, que ser o que se é, ter essa coragem é arrostar o mundo social, cujo escopo é dissolver esse ser individual em massa : a massa atleticana, a massa de manobra dos demagogos e populistas, a massa da igreja (os fiéis à igreja e, concomitantemente, infiéis ao ser ser, que abandonam como o ofídio faz com a pele.
A mudança da "pele" humana é uma modificação metafísica, é deixar de pensar em função de agir impulsionado por doutrinas de Cristo, Buda, Maomé ou algum sábio, cientista, mestre, ídolo, enfim, a algum objeto de empatia).
É simples ser o que somos,tal qual diz Deus a Moisés : "Eu sou o que sou" que, óbvio, na língua hebraica não tem o contexto das línguas nas quais o Torah foi traduzido, mas que, nas línguas românicas, mormente o português, tem um sentido mais humano, pode ser lido em signos e símbolos por olhos tecidos em outra cultura, há muito apartada da cultural original que serve de contexto ao texto bíblico.
Ao ser o que somos, em todos os momentos e circunstâncias, estamos sendo, agindo com o que há de mais sábio em nós (naquele substrato que as instituições soterram mais que o Vesúvio enterrou sob pedras-pomes e cinzas, que vieram no fluxo piroclástico, \as cidades tipicamente romanas de Pompéia e Herculano (as instituições são vulcões metafóricos, que empurram o ser que somos para as camadas "geológicas" mais profundas da metafísica ).
Este por, colocar-se no mundo de seu ser, esta coragem, temerária, de tomar sua posição no mundo social, que é o que vivemos submersos, atualmente mais do que no mundo natural, cuja presença é física, faz funcionar o corpo; entretanto a metafísica, na mente, é puramente social, cultural, não está posta no mundo natural senão pelo que o corpo obedece da metafísica que nos impulsiona, nos move ou sob a qual quedamos vencidos, derrotados por doutrinas ( ciências, conhecimentos de outros, de doutos, mestres, mas não nossas).
Vivendo subjugados por essas doutrinas ( idéias de outros ) somos estúpidos, pois não utilizamos de nós, da sabedoria profunda e divina que está dentro de nós ("O reino dos céus está dentro de vós").
Ser o que somos, ter a coragem de ser autêntico, genuíno, é colocar-se no mundo ; esse por-se no mundo é chamado no jargão da filosofia de "tese" ( posição ); na natureza é tomar posse do território conquistado ou dos impérios (essa ação fática de se por no mundo faz o rei, o imperador, enquanto o ato metafísico de pensar, a tese do filósofo, é meramente um posicionar-se no mundo metafísico, no campo das idéias, no mundo social, enfim; porém jamais no mundo natural do animal alfa, que é o rei, o político, que toma a terra real, natural e registra como latifúndio próprio, propriedade ).
não obstante, ser o que se é, demanda enorme coragem, caráter, sabedoria do corpo (alfa sabedoria) e riscos : as Harpias e as Medusas que reaparecem vivas, reais ( do rei ou do político) nas leis podem levar o temerário ao ostracismo ou à prisão ou a ter que enfrentar sozinho o batalhão de choque lutando encarniçadamente pelo seu rei ( ou político, que, na prática, fora das quimeras das teorias, é o mesmo que o rei, ou o imperador ou o animal alfa : o lobo alfa : "Ecce homo", Hobbes!).
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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