segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O SÍMBOLO DA ROSA E DA CRUZ MEDIEVAL

A rosa e a cruz são os símbolos mais presentes na nossa infância social : a Idade Média. Esses símbolos poderosos e arraigados na mente ocidental foi o ponto de partida para os castelos medievais e as catedrais. Nós, ocidentais, somos sombras da Idade Média, medramos à sombra florida da rosa, da cruz, castelos e catedrais medievais, cavaleiros templários e rosa-cruzes.
A rosa, na época da Igreja, a Idade Média, simbolizava Maria, a virgem; sendo um contraponto sexual com Cristo : a cruz. O sangue dos mártires, depois do sangue mitológico de Adônis, tingiu de vermelho a rosa : a rosa do sangue de Adônis, de Cristo na cruz e dos mártires cristãos, que regaram a rosa ( a Igreja) do cristianismo ( a idéia ) com sangue. A primeira igreja, a rosa fundamental, a primeira pedra que se jogou para construir a Igreja, foi lançada por São Paulo, o apóstolo dos gentios.
Essa primeira igreja e pedra atirada contra os ma´mártires, juntou-se na idéia de Saulo e serviu de edifício ideal e doutrinário da Igreja , pois o cristianismo é idéia de Saulo e não de Cristo. A idéia de Cristo estava arraigada no seu torrão natal, a judéia, a Galiléia, particularmente e na Lei ( Torah) e nos profetas, segundo os Evangelhos. A idéia de Cristo estava envolta no contexto do messianismo judaico e não é a idéia do cristianismo, que foi doutrina de Saulo, mas idéia messiânica calcada no contexto histórico, cultural e social judaico.
Saulo era um cosmopolita criado no leite da filosofia menor grega ( estóicos, cínicos ) e na língua e cultura grega, caldo que sustentou e fez medrar sue espírito. Esse caldeirão cultural grego, mesclado à cultura farisaica de Saulo, foi o caldeirão de onde saiu o cristianismo.
A rosa foi suplantada no cristianismo, pois antes fora o símbolo da deusa Vênus, a Afrodite da mitologia grega. É um símbolo totalmente sexual, representa a sexualidade da mulher, que é a Vênus real, natural, a encarnação da deusa ( que o mito falava das realidades naturais por via de símbolos); na virgem Maria, mãe de Jesus, esse símbolo poderoso da mulher, da fêmea, que é a vagina, é representada pela virgindade, que é um período de tempo na vida da mulher jovem, mas que o cristianismo, a doutrina de Saulo, fez uma virgindade eterna, desprezando a natureza, que no mito de Vênus é cientificamente respeitada e colocada, e inventando o conceito absurdo de sobrenatural. vida eterna, ressurreição dos mortos e outros delírios estampados em metáforas e alegorias de profetas em delírio.
O cristianismo se contrapões ao paganismo, ao culto de Vênus e da natureza, no fato de que o cristianismo despreza todas as realidades e constrói uma poesia como "terra prometida" e casa onde se viver : a casa é a Igreja, construída com alicerce de areia, como não queria Jesus, que nos Evangelhos fala sobre a casa sólida, edificada na rocha ( que dá na história dos três porquinhos), enquanto o mito era construído sobre a realidade material, vital, sexual, enfim, incidindo sobre a natureza nos corpos das fêmeas e dos machos : sobre Eros e Vênus, deus e deusa reais, cuja subsunção se dava do mito, que é a fórmula, ao ser humano vivo, enquanto ser animal e divino.
A rosa na natureza como fêmea e na mulher, na vagina, uma flor que o cristianismo escondeu e proibiu, exigindo o absurdo da virgindade para sempre, matando a Vênus, a fêmea, o animal na mulher enquanto freira ou monja. O cristianismo (idéia doentia de Saulo) é tal qual diz o próprio Saulo sobre sua doutrina : uma loucura para o mundo, colocada no mundo social e abraçando o mundo natural, através de metáforas (como se as pessoas vivessem somente de metáforas e ritos sociais!).

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