À primeira vista
a catedral e o adro
estavam de luto,
em luto-fusco,
fosco sem lusco
- luto preto
de anum preto
pássaro preto,
viúva negra
de luva na cor da uva,
com úvula...(úvula!)
Ave, César!
(Arre, César!)
Ave, Maria!
- Maria da Graça de Deus! :
das três graças,
cumulada com miríades de graças,
Senhora das Mercês,
graciosa virgem preciosa,
animada, mas não animosa :
mimosa rosa, miosótis...
O luto da catedral
e do átrio
era um luto pelo qual
não luto, (luto?!),
mas luta a noite escura
- mais uma luta obscura!
nas trevas seladas,
veladas no velário de noites
enlutadas,
enluaradas,
ao palor do luar,
que banha o pavor
em ato e fato
desde os tempos imemoriais
da Lacedemônia,
que já fora denominada "Lacônia"
pelo lacônico habitual do povo :
tácitos, trágicos, tétricos gregos!
Vi-a "de dia";
contudo, o luto,
contra o qual não luto,
nem lutava ao luar
o corpo da catedral,
obscurecia a sua visão,
empanava-a na meia-fava
de um nevoeiro inteiro
e deixava-a às favas,
- a mendiga catedral perdida!,
mendigando à luz
de São Francisco em Assis,
mendicante beata,
suplicando por luz,
mergulhada nas águas negras das trevas,
num suplício "súplice"...
- algo tirante à gótica arquitetura,
desenhada no desdenho ...
que não tenho!,
por nada que nada! (Que nada!...) :
O escárnio não é ato meu,
porém do ateu
que chega ao nártex
e recua assustadiço :
noviço sem dente do siso..
Pintada no betume da noite
e do tempo no ébano
a catedral soturna
parecia feita
de lagartos negros
que pelas suas paredes
subiam e desciam
(declive, aclive)
a constituir e construir as paredes
com seus corpos nigérrimos.
Depois de muito tempo
vi um desses lagartos
largado no chão
distraído a banhar-se de sol
que, ao perceber presença
humana predatória,
saiu em disparada
lendo, por semiologia, em mim
os "Disparates" de Goya
e os "Caprichos", na Quinta do Surdo,
e na Quinta sinfonia de Beethoven.
Imóvel no solo o sáurio estava
e neste estado de fato
semelhava um demônio de ébano
em decúbito ventral
com sua longa cauda
que, ao se mover de chofre,
revoluteava qual víbora solerte,
e a cabeça lambia o ar
que havia em brisa
com um quê de malévolo em fronte
de quem olha e vê
o frontão da igreja do mal,
- ou o mal destilado na peçonha
da serpente devoradora,
que é o "estigma" do demônio em pessoa,
enrodilhado na língua
que pastoreia a grei...
com chocalho
a tinir
tilintar
e o veneno na boca
e nos dentes
em mostra letal
escorregando do sangue,
que o armou com toxinas letíferas.
O lacertídeo era um lacedemônio(lacedemônio!)
( que o lace o demônio!
- que o enlace aquele lovelace!),
pois a história e a estória
sempre se tocam no que era o tempo
- que era numa "Era " geológica...
E após o Período geológico
e em Tabela periódica,
a estória a narrar a história
quando "era uma vez... "
("um pinto pedrês!") :
na voz de minha mãe!,
e uma era,outra vez.
d'outra vez,
d'outa vez, (sem fio de voz!),
a Era de Aquário,
Nova Era
e a Era que viera
antes de minha existência
em carga de energia
no corpo anatômico-fisiológico
( A vida é uma carga de energia
que vai se esvaindo
no corpo-envoltório
da "pilha alcalina",
diferentemente da farinha e do azeite
da viúva de Sarepta
e da voz de minha mãe
nas noite tempestuosas
derribando luz e mel
na narração de um conto de fadas...
- fadas fascinadas! ,
o carinho a caminho
no que treme a voz
na lamparina soprada pelo vento
que atravessara a cortina...)
O lacertídeo parecia um demônio
(era um demônio!
em decúbito ventral)
num guerreiro lacedemônio
a me esperar...
porque "Spe Salvi...",
diz em benção Bento...
na Encíclica papal,
benta epístola,
água para animar o peregrino,
água aspergida (aspergida!)
num caminho que leva à economia salvífica
para o clero e para o "vero"
para prelados em todos os lados :
ladeados pelo mundo "ecumênico"
ou pelo mundo profano em pelo
de camelo ou novelo,
enovelado em "Encomium Moriae",
que não veio de Pérgamo
num pergaminho
até o Minho
e o Douro.
Oh! tempo!, que põe pedra em cantaria
e cobras e lagartos
cospe,
quando cospe um bosque,
na terra,
ou um bosquejo do homem,
na arte,
pelo artista ao lápis de Picasso,
no traço que é o rastro do mestre:
traço sem traça, troça ou trapaça...
Que acha?!...
Depois da Catedral de ébano
banhada à lua
e ao sol sem chapéu azul
celeste
vi, ouvi e vivi
tantas mutações!,
que mudo não estou
porque não mudo,
nem sou surdo, como sói chamar
a um certo instrumento de percussão
e a um homem
que faz ouvidos moucos
sem ser louco
e estar de oitiva
abaixo dos lagartos
largados ao largo
das paredes da catedral dos lacertídeos.
Os imaginários lagartos
iam e vinham
do florão ao rés-do-chão.
No transepto
o Cristo no Cruzeiro:
crucificado!

dicionario wikcionario wikdicionario dicionario onomastico filosofico etimologiaco etimo etimologia wiki wik dicionario juridico enciclopedico enciclopedia verbete glossario verbete glossario nomenclatura terminologia cientifica biografia pinacoteca pilha alcalina trnsapto cruzeiro fllorão adro atrio lacertidieo saurio catedral encomimam moriae pergamo pergaminho economia salvifica spe salvi verbete glossario etimo úvula dicionario vida obra biografia picasso pinacoteca artista mestre pintor beethoven quinta 5 sinfonia goya quinta surdo biografia pinacoteca espanhol catalao enciclopedia delta barsa wiki wik wikiwik wap
diferentemente da farinha e do azeite
da viúva de Sarepta
e da voz de minha mãe
nas noite tempestuosas
derribando luz e mel
na narração de um conto de fadas...
- fadas fascinadas! ,
o carinho a caminho
no que treme a voz
na lamparina soprada pelo vento
que atravessara a cortina...)
O lacertídeo parecia um demônio
(era um demônio!
em decúbito ventral)
num guerreiro lacedemônio
a me esperar...
porque "Spe Salvi...",
diz em benção Bento...
na Encíclica papal,
benta epístola,
água para animar o peregrino,
água aspergida (aspergida!)
num caminho que leva à economia salvífica
para o clero e para o "vero"
para prelados em todos os lados :
ladeados pelo mundo "ecumênico"
ou pelo mundo profano em pelo
de camelo ou novelo,
enovelado em "Encomium Moriae",
que não veio de Pérgamo
num pergaminho
até o Minho
e o Douro.
Oh! tempo!, que põe pedra em cantaria
e cobras e lagartos
cospe,
quando cospe um bosque,
na terra,
ou um bosquejo do homem,
na arte,
pelo artista ao lápis de Picasso,
no traço que é o rastro do mestre:
traço sem traça, troça ou trapaça...
Que acha?!...
Depois da Catedral de ébano
banhada à lua
e ao sol sem chapéu azul
celeste
vi, ouvi e vivi
tantas mutações!,
que mudo não estou
porque não mudo,
nem sou surdo, como sói chamar
a um certo instrumento de percussão
e a um homem
que faz ouvidos moucos
sem ser louco
e estar de oitiva
abaixo dos lagartos
largados ao largo
das paredes da catedral dos lacertídeos.
Os imaginários lagartos
iam e vinham
do florão ao rés-do-chão.
No transepto
o Cristo no Cruzeiro:
crucificado!

dicionario wikcionario wikdicionario dicionario onomastico filosofico etimologiaco etimo etimologia wiki wik dicionario juridico enciclopedico enciclopedia verbete glossario verbete glossario nomenclatura terminologia cientifica biografia pinacoteca pilha alcalina trnsapto cruzeiro fllorão adro atrio lacertidieo saurio catedral encomimam moriae pergamo pergaminho economia salvifica spe salvi verbete glossario etimo úvula dicionario vida obra biografia picasso pinacoteca artista mestre pintor beethoven quinta 5 sinfonia goya quinta surdo biografia pinacoteca espanhol catalao enciclopedia delta barsa wiki wik wikiwik wap
Nenhum comentário:
Postar um comentário