domingo, 5 de julho de 2015

CIRCUNLÓQUIO, ELIPSE, IRONIA - verbete etimologia etimo glossario


 



O  ouroboros (ouroboros!),  uróboro, ou oroboro  nada tem com ouro ou boro, ambos efetivos entes postos na Tabela Periódica dos Elementos ( químicos ou quase-físicos, pois pensamos no químico não como o  suco oriundo da palavra para “química” ( alquimia) que levanta a cabeça em levante na língua árabe, mas no que vemos com os  olhos usuais(usuais!), apalpamos, cheiramos, comemos, ouvimos na brisa gris de um dia cinzento, que amo ( e daí?!...) ... Claro que isso não é  definição ( não estou nem aqui para Aristóteles, que governa o verbo e a definição até os dias de hoje com sua tirania que foi a Kant e se revoltou em Nietzsche!, - que não devia, nem queria dever nada a ninguém! ( “Tu deves!", Nietzsche não!...- devia, segundo ele. Na realidade, todos devemos, infelizmente ou felizmente, senão não se  ríamos nós, ou o que somos na soma e no soma que a cultura veste e corporifica, quer queiramos ou não) : não é ( ou não quer ser definição!),  mas o é  ( quer ser, sem ser, no jogo de azar do ser e não-ser heraclítico, no rio que corre e não podemos atravessar duas vezes, conquanto seja o rio que somos!) mera constatação  que dos olhos se lê na concepção, mesmo do sábio russo Mendeleiev,  creio, mas não no Deus dos padres da igreja!))ou se tem está engastado na imaginação que tece serpentes e dragões mordendo a própria cauda, o que não ocorre na realidade das víboras, nem tampouco com dragões, visto serem inexistentes “seres” do mitos, lendas e outras floras e faunas humanas, fora da efetividade, mas dentro do fauno e da Flora, deusa e deus(Deus?): na verdade isso está em existência apenas dentro de mim e, portanto, incorre  numa contradição inaudita, irreconciliável, um “Contradictio in adjecto” ou o que o valha.
Essa tolice de cobra um dragão(dragão) devorando a própria cauda é uma estupidez própria ao homem. Até que as serpentes podem engolir outras, mas não a si, evidentemente, pelo rabo, mas não ( ou sim, por questões técnicas que cabe ao herpetólogo ( herpetologista?)) e não a mim mimar (ou minar) com argumentos que não tenho como arguir com legitimidade e compreensão  e, quiçá, não ( ou sim!) que a deglutição tenha, necessariamente, de ser realizada  pela cauda. Vide casos das constritoras.
Essa babugens originárias das ciências ( ou ciência, que é uma, sendo múltiplos os seus objetos de estudo e aplicação) dão-nos o paradigma de como é a ciência atual, pois nada muda na história, senão o gosto da língua, das linguagens, que tudo retemperam com outras palavras, signos, símbolos e significados que,inobstante, dão-nos de beber no rio do antigo Heráclito de Éfeso e não permite olvidar o sabor dos antigos pensamentos ou ciência que correm na cachoeira atuante no rio São Francisco em salto de peixe no linguajar dos antigos, que não, creio, desconheciam  o linguado , a garoupa e outros  peixes-vocábulos que tomam o lugar dos vetustos amores e presenteiam-nos ( literalmente! – e não apenas literariamente)com  novos amores substituindo a paixão rota, cuja máscara e roupa decaíram até de moda!!! ( Circunlóquio, elipse, ironia...).
Ouroboros...! Bah! (Bach não!:Bachianas, Vila!) -  Quanta estupidez se cultiva com o sacrossanto nome da ciência, do Império Otomano, Bizantino...

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domingo, 6 de julho de 2014

NAIPE, NAIPE - verbete glossario etimo

Quando a sombra gélida
Desce ao  vale enregelado
Em observância ao glaciar
Ao lado do precipício,
Então o homem treme
Ante a sombra da morte
Que resfria e embuça o vale
Trazendo ao corpo vivo
Entropia,  hipotermia, hipoglicemia...
Assassinas frias, impassíveis,
As quais  podem ser letíferas ao homem
Pois cometem assassínio sem apiedar-se da vítima,
sem compadecer-se do paciente
Do moribundo nas vascas da agonia.
Moribundo marimbondo
Perdido o  voo  perfeito
Longe do itinerário
latitude e  longitude
a cavaleiro do descalabro
sem albor de cavalo em marcha
este é o homem  a  vasquejar ,
no transcurso do passamento,
Inerme ante  a força sobreposta
pelo cavaleiro glacial,
Sitiado  pela hoste  inimiga
Séquito de entes visíveis e invisíveis
Presentes em  fungos, ácaros, feras, ungulados,
Criaturas peçonhentas,  órix-cimitarra,
Todos a erguer a cimitarra
Contra o cachaço,
A dura cerviz,
Que não obstante rolará
Ao canto da  guitarra gitana...
Na terra negra do Cantão
Onde  a treva baixa
E o sol retoma o mutismo do carvão
Enquanto o verme se torce e retorce
ao devastar  a alma
degustando o corpo
Qual praga de gafanhotos
A depauperar a vegetação num átimo.

Os cristais dos  minerais
Nem nascem e, concomitantemente,  não perecem
Com a rapidez da erva daninha
Dada ao fogo crepitante
Que a ventania ululante alimenta
Em procedimento antípoda
À ação da primavera em seu primevos brotos,
Suas vergônteas a tear o verde,
Tecer a história em geoglifos e petroglifos,
Fragmentos de língua natural...:
Cristais não são Cristos,
Sequer cristãos obviamente,
Tampouco anti-Cristos
Descritos por Nietzsche
A desbastar hieróglifos de outro teor historial,
Nem críticos a desbaratar ( O Mahabharata
Ou encetar exegese etimológica
Tendo como objeto o vocábulo “Maranata”)
Traços anti-críticos,  troços acríticos
Em momentos  de movimentos sinfônicos
Equalizados no temporal,
- tudo isso simplesmente
 porque  não sofrem
dor de gramático posta na gramática
em voz passiva
que nos levam a ser pacientes de médico,
passivos, compassivos, passionais
ante as vicissitude cobradas
pelo mundo social-natural;
minerais  sem a pecha da gemologia
sequer sentem o mundo
( sentem-no pela minerologia
Que diz do grego idioma,
Dito pelo grego filósofo,
Homem no ato de  alienação
Exigida ao ator,
Um hipócrita profissional,
De direito e não de fato, necessariamente);
Minérios apalpam apenas o tempo
Com nada às mãos
Em que segurar-se,
Sem conceber o ser
Que emerge pintainho ou pintainha
Da casca do ovo
Ao verso da cor do amarelo à gema e girassol,
Pois sua segurança e porto seguro
Vem da raiz da planta,
A qual semeia e planta a vida
E vem a sentir  a mão que
E a planta do  do pé
Em palmilha
A sentir  milhas de terra
Sob pés-raízes  às “apalpadelas”
No escuro que procura a luz
nos vegetais que são ( somos!)
Primeiros entes a seguir
Os passos da vida
Em rastos no solo, subsolo,
Onde vagam lençóis freáticos,
Aqüíferos Guaranis...
Vegetais, no entanto, ainda não sofrem,
Não ouvem essa voz de apelo
No pelo eriçado da gramática da Ática aristotélica,
Uma vez que o sofrimento,
A paixão dos gregos e de Cristo
Tem início com os animais,
Antes de Cristo,
Pois eles são os primeiros bichos,
Antes de nós,
A aprender a fugir da morte
( o homem, depois de Cristo,
Apreende filosoficamente
Este conceito passível de  elegia,
De poesia trágica
Na Paixão de Cristo)
Ante a sanha do predador
No  curso do processo iniciático da caça.
Quantos aos iniciados
Estes ( nós homens!)  não se furtam à luz
`a sombra do vaga-lume
Com a brasa deste coleóptero
A queimar a mão
Até abrir um buraco
De cabo a rabo
Antes que a morte
Separe-nos a carne
Com a cimitarra do guerreiro bárbaro
A nos cindir ao meio
Parodiando o anedotário sobre Salomão.

No homem, entretanto,  tudo dói tanto,
Onde a  dor moral grassa,
-  suscita dor de tal monta
Que o obriga a fugir de tudo
e de todos os seus semelhantes,
- até  do ermitão
Que vive em si mesmo!
A despeito dos homens gregários
Temerosos de sua própria e solitária companhia.
O homem é uma companhia ruim
Até para si mesmo
Enquanto não  vencer o medo
De  se enfrentar no front,
Homem versus anjo,
Qual o fez Jacó
Que se  derrotou
E, portanto, triunfou sobre  Deus
E sobre os homens,
Porquanto o único vencedor  real
É aquele cuja vitória
É sobre si mesmo
E não sobre oponentes,
Que os não há
Para os vencedores de si mesmo.
Todavia, nada disso  é óbice
Para que o último movimento
em sua sinfonia coral
em seu corpo de baile
na sua ópera bufa
Seja terminado no frio
Sem termas ou sauna
Cobertor ou corpo cálido
Onde se atracar
Depois que o fogo santo do amor
Apagar-se nos sacrários
E tudo passar à treva
Sem Alpha Orionis ( Betelgeuse)
Ou Beta Centauri ( Hadar ou Agena)
Para contemplar.
O homem que venceu ao si mesmo,
Ao seu não-oponente real,
Ganhou outro nome
Porque encetou nova vida:
De Jacó, que derrubava  a todos 
Agarrando-lhe o calcanhar,
“passando-lhes a perna”,
Como o fez com Esaú e Labão,
Quando, então, por mérito
É renomeado “Israel”,
Aquele que venceu deuses e homens
No simples ato de vencer-se a si mesmo,
Na redundância da vitória notória,
e, destarte,  vencer o mundo inteiro,
Constituindo-se em uma nação,
Da qual será o patriarca venerável,
O sábio uno ao Deus pai todo-poderoso.
Sem embargo, mister é que seus filhos,
Em suas doze tribos representadas biblicamente,
Não sejam os espermatozóides
Que perderam a corrida material
E restaram mortos ao meio do caminho do cavaleiro,
Diversos, dispersos persas despercebidos
E nem tampouco retroajam  
da iluminada natureza  búdica
que prescreve a  corrida espiritual,
Única corrida do ouro
- para a Califórnia!
Cantada à Beatlemania  rouca, louca,
Pouca a polca...;
Calada pelo calado da noite fria
- Na  morte
Tramada por assassino fanático,
 prosélito, sectário...
 um pobre diabo dos diabos,
- dos diabos, o mais pobre!
...............................................................................................
ENSAIO
No verso tudo descamba no mistério da vida, que não pensa nem tampouco faz pensar. A poesia é o sonho mais próximo da vida, não da existência, que esta é parte da discussão filosófica.  A Bíblia acorda o sonho poético-profético ao narrar a peleja renhida entre  Jacó e o Anjo do Senhor madrugada fora, pela calada a rumorejar versos no rocio em rio manso. É o fenômeno do sublime, a arte no mais alto nível, o labor nobre do senhor Saint-Michel- de –Montaigne  e do barão de Montesquieu, aristocrata.
Na prosa, dá-se o fenômeno do prosaico, que não canta, sequer ama, apenas disserta friamente e busca desvelar o que a medicina põe sob a rubrica de Tanatologia, que imaginamos ter cunho científico, mas não passa de um mito grego dito pelo “logos” na forma do pensador natura, no limiar fronteiriço de um contexto, que contesta texto,  e não mais no canto do bode  envolvido pelo  estro  do poeta trágico, que põe a tragédia no relicário de pesadelos ou jóias de pesadelos  buriladas pelo artista-joalheiro  Füssli,  um pintor de visões assustadoras de  demônios nas versões femininas e masculinas, respectivamente  :  Súcubos e Íncubos que tornam a vida humana perrengue.Um perrengue na noite são esses diabos.
 A tanatologia é, de fato, não de direito, um mito grego que emerge de outro contexto, que dá novo texto e principalmente leitura  à história escrita sob a forma atenuada  das metáforas e com linguagem poética, ou seja, alegórica rica tomada de empréstimo ao poeta,que sonha e ama, pois é um ser que está dormindo um sono longo para a vida real que passa sem que ele, o artista, não veja, absorto que está co sua arte, sua relação que imagina ser recíproca com Galatéia, a estátua.
 A ciência, talvez, não passe de uma notícia sobre outro contexto e, por isso, quiçá por outros motivos tão vastos e de numeração virgulada tal qual a dízima periódica, não valha a pena por a pena na ferida, - por isso e outras razões diversas e inumeráveis e controversas,  a poesia, nem as artes em geral,  tiveram morte súbita ou sofreram algum abalo sério entre pessoas intelectualizadas, após a aparição bombástica e retórica da ciência, secundada e propagada pelos seus cientistas e mesmo seus pseudo-filósofos , então jovens fanáticos e inexperientes,  sectários a cantarolar  loas,  quando o fenômeno da ciência veio se  insurgir no horizonte;  a ciência que tentou, mentindo em seus credos, destituir a filosofia, sua mãe e mestra severa para poder ficar só com a história e, destarte, conquista do mundo vão ( vanidade!), vil e velho,  que já pertenceu a conquistadores implacáveis do naipe(naipe!)  de Gengis Khan,  seu filho , Kublai Khan,  o Grande Khan de Marco Polo, que é, por sua vez o grande mentiroso, ou melhor, o megalômano, que , enfim,  dá notícias em primícias da dinastia Khan com sua progênie,  bem como a  Alexandre Magno, com uma época carolíngia e outra merovíngia a alternar a devastação  e a  devassa que esses reis promoveram na Idade Média, mais  da cor do sangue que de trevas, que não raiam, não irradiam ondas luminosas. A luz é ondulação.
A ciência, tal qual a religião, ambas vivem do pavor da morte,  fazem desta profissão de fé,; entretanto,  nenhuma delas foi capaz de salvar o mundo, somente o salvaguardaram, sem nenhum trocadilho nesse sentido. São cães de guarda mesmo! – que servem , ainda ao Khan! : ao Khan vivo na pele dos políticos larápios que arrepiam a terra e não a lei, que é ao gosto deles e para desgosto dos demais : nós, gente tanta, tonta de tanto bebericar cerveja.
O homem que perdeu as batalhas contra si mesmo, a maior das quais é o medo da morte, que o faz esconder na religião e na criogenia da ciência para rico tolo, perdeu a guerra. Quando se perde  a guerra para si mesmo, volta-se pára o inimigo externo, que é mais fraco que o interno, pois pode ser ludibriado com facilidade, mormente para quem tem a experiência vasta e as cicatrizes do guerreiro que perdeu para si próprio o que corresponde a perder para o pior inimigo e perder-se cabalmente na desilusão e no ceticismo cru. Não é mais um homem :
 É um morto,  um zumbi, um ser a tatear nas  trevas das drogas, que podem ser fármacos, bebidas alcoólicas, doutrinas, religião, ciência, filosofia, poder, sexo...etc., nada disso salva, - salvaguarda do suicídio, que já o há em espírito mortificado, mente embotada, paralisada pelo horror da derrocada, o naufrágio em porfia tenaz contra o anjo do Senhor, que o bateu e abateu no matadouro do Douro e do Minho, no álveo do Rio Douro, nos Pitões das Júnias, em Portugal medieval ou paisagístico, nostálgico, com saudade do poeta Fernando Pessoa e outros de assim peso, calado.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

TABUS(TABUS!) - etimologia etimo verbete

Cobra Urutu Cruzeiro
Sugiro a Deus,
se é que Ele continue a ser elencado
entre os seres,
- que reinvente, recreie-nos!, crie, recrie - o tempo,
modificando-o, inovando-o no ovo,

( No ab ovo e - "abre" ovo! )...
- Sugiro!,  enquanto sujeito,
que o tempo não seja mais algo fixo,
porém um portal aonde possa passar o ser humano
- portal de entrada e saída
de um mundo que foi real
e continue sendo-o na senda,
na venda, no escambo, 
no amor que arrepia...
ao bel prazer de cada um
que vá e venha em revisita
a um tempo antigo que retorne ao cotidiano,

que vá  a pé, agora e hoje,  ao pretérito
e do passado ao hoje e agora
seja um passo
ao paço,
porém não enquanto e apenas 
as penas de uma memória nostálgica,
mas íntegro, completo, 
com todo o seu cosmos,
plexo, nexo, sua complexão e compleição,
a qual fornecia corpo e alma,

espaço e tempo,
para todos aqueles seres humanos
abrigados na casa daquele tempo
em que o templo, agora em pó,
a consonar com a profecia,
estava em pé com pedra calcando-o
e ao pé  do tempo

e da escadaria que corria ao templo
feita(o!?) criança efusiva.

Templo no tempo, então,  em retorno pleno,
na categoria substância,
que sustem a tese de Aristóteles.
Templo no qual se ouvia recitar 
( e se pode ou poderá ouvir 
a qualquer instante)
o arcanjo e o serafim
em preces sem fim
- com récitas para três violinistas azuis-miosótis
e dois violinistas verdes-rãs,
com face no anfíbio,
no sátiro, no fauno...

 
Sugiro à divindade 

que eu possa visitar,
revisitar,
o tempo em que meu filho e minha filha
cabiam no espaço emoldurado 

das teias de teses que a aranha esqueceu de arranhar,
- teses, em tese!, de susbstância temporal
que os vestiam com tez de crianças
e eu com um capote de pai inexperiente,

pele incipiente...

Faço esta sugestão,

que é uma eufêmia,
ao Ancião dos Dias :
que eu possa retomar o caminho
( ou ir ao sapato!)
da casa paterna e materna
como quando eu era criança
e podia conviver com meu pai e minha mãe
naqueles tempos de antanho
com fogueira de São João a queimar
e estanho a espocar seu grito de lata
( o grito do estanho no quadro 'O Grito"
- de um Munch boquiaberto
entre a corrosão da ponte
e outras ligas metálicas
que não possuem o metal cassiterita,
de onde vem o óxido originário do estanho).

Liga metálica e não-metálica
de estanho com estranho!,
sugiro ao senhor Deus dos homens justos,
dos homens de bem,
dos virtuosos arrolados em Ética a Nicômaco,
da lavra do filósofo estagirita,
( quão presunçoso sou e solução na solução!
- que tudo apaga com rasto d'água)
que o tempo soprado no oboé da bolha
- como melodia da infância,
insuflada pela oboísta-criança,
crie, recrie, recreie com o universo-tempo
aonde possamos trafegar,
trafalgar, quiçá,
antes que o demônio no homem
tome pé sobre as cristas das ervas escarlates
derreadas no sangue derramado inutilmente
pelo punho-punhal em serviço nas aras,
porque ruim o ser humano é
e tão nocivo
que o santo
é sua pior forma de perversidade
-  hedionda!
( Hediondas suas ondas senoidais!
O que não é de onda!...
mas de loca
onde se esconde a louca moréia,
sob arrecifes, restingas:
escolhos que não  escolho
olho no olho,
dente no dente...dentina!).

Sujo sugiro ao deus dos totens e tabus(tabus!),
dos caititus, das urutus , dos urubus,
porém não do que o arcabuz
busca
no rastilho da pólvora
- em polvorosa!
( Goza e glosa
a morte de um grande diabo
que está no mundo
e é o mundo no giramundo
e no redemoinho que enreda
o vento moendo na moenda, mó
- dos glosadores!);
sugiro  no giro do redemoinho
d'água e vento,
ao deus do redemoinho,
ao velo velho do vento em espiral...
- a estes com dez denários, enfim,
sugiro, por mim e para fim,  esta hipótese :
que o que nos enfileira em leva de prisioneiros do mal
é o grande diabo que mata
quando nos esgueiramos sorrateiros na mata
ou nos protegemos ( e aos genes!)
sob a casamata com paliçada :
ele, o grande diabo,
dá-nos, aos dentes viperinos,
uma dose do mal
que nos envenena
e leva o próximo a morte tóxica :
hemotóxica, neurotóxica.


O estado de direito
ou sem direito : de fato, 
é o grande demônio
devorador de homens.
Não, Rousseau, o homem não é
de todo mal,
mas quando em   instituição
ou na forma coletiva,
ou seja : em sociedade corruptora, 
o estado é um diabo fora de controle,
que domina e embriaga seus pretensos controladores,
seus políticos e seus pensantes cientistas geopolíticos:
é a polícia que massacra indefesos,
enquanto corporação
ou corpo de monstro sanguinário,
o juiz que age pelo algoz,
o direito que aniquila as mentes
com seus embustes doutrinários
e seu doutos escravos e mendazes,
pois tudo o que é oficial é mendaz :
mente descaradamente tal qual, ou mais,
que a mais mendaz das marafonas.

O mundo é o grande diabo preto e branco
- em preto e branco crucificado no xadrez,
n'álma das crucíferas
cruzeiras no céu noctívago
e na cabeça da urutu
rastejante qual arroio de rocio 

marcadas por patas de rocim com veneno
- e cruzeiro benzido na testa
( essas urutus cruzeiras!
com o sinal da santa cruz
na terra da Vera Cruz em crucíferas)
sob as ervas daninhas
aninhadas na terra chã,
ao rés do chão,
por escabelo dos pés...
de Nossa Senhora,
a Virgem Imaculada
que pisa a cabeça da cobra
no céu radiante.
Nossa senhora!
- dos pés intumescidos
na idade provecta,
orai por vós e por nós
atados a estes nós :
parte do corpo no envoltório do cós,
a alma em mós,
o espírito em pós
de doutrinas faladas, falidas
e na voz potente de Amós,
profeta e voz do Senhor,
que exprime nossos queixumes com forte clamor,
pois esta é a vida
firmado o pó
no nosso corpo de anjo
que ainda não decaiu
entre as folhas amarelas
que escrevem as elegias do outono amarelo,
nu e caduciforme em folhas decíduas.

Entre nós, a nos separar,
não a nos atar nuns anuns,
no meio do caminho do "pinhéu" onomatopaico do gavião,
a alguns passos dos sapatos,
a urutu nos guarda do nosso amor. 

Bothrops alternus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
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